terça-feira, 3 de setembro de 2013

Vagas do Olhar

                   
        Abrindo, lentamente os olhos, mirei surpresa
      O deserto sem fim
      Não havia a linha fria do horizonte
      Somente curvas insinuadas sob o azul profundo
      Quem sabe tocaria o céu ali, tão perto
      Estiquei o pescoço, como se pudesse beijá-lo
      Diante logo acima, sorria um fio de luz
      Hipnotizada sorria também eu de mim mesma
      Seguia os desenhos salpicados de prata
      Contornava o traço, em conchas luminosas
      Acolhia a esperança, acalentava a noite interminável
      O corpo e o coração seguiam, ritmados  
      Distâncias, sutis e fugidias
      Caminhos vagos do meu olhar
                                              MySal

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